As investigações recentes sobre a eficácia das vacinas contra a COVID-19 consolidam importantes avanços no combate à pandemia. Diversas formulações, desenvolvidas por centros renomados como Butantan e Fiocruz, têm demonstrado não apenas a capacidade de prevenir casos graves, mas também a segurança nos diferentes grupos etários, especialmente entre os idosos, que representam uma parcela vulnerável da população. A vigilância contínua da Anvisa assegura a qualidade e a aplicação correta dessas vacinas no Brasil, promovendo, assim, uma resposta mais eficiente diante das constantes mutações do vírus.
A eficácia comprovada das principais vacinas contra a COVID-19
O cenário global de vacinação contra a COVID em 2025 conta com múltiplas vacinas aprovadas e em uso, incluindo as desenvolvidas pela Pfizer, AstraZeneca, Moderna, Janssen, Coronavac (Sinovac) e Sputnik V. Cada uma delas apresenta características específicas no que tange à eficácia, regime de doses, e perfil imunológico em diversas faixas etárias.
| Vacina | Eficácia geral | Efetividade em idosos | Perfil de segurança | Logística de armazenamento |
|---|---|---|---|---|
| AstraZeneca | 66,7% após duas doses; até 81,3% com intervalo ≥12 semanas | Efetividade até 73% após primeira dose em idosos | Reações adversas leves a moderadas | Armazenagem a 2–8°C, facilitando distribuição |
| Pfizer/BioNTech | 95% após segunda dose | 90-100% de eficácia e menor incidência de reações adversas em idosos | Principalmente reações leves a moderadas | Necessita armazenamento a -70°C; geladeira por até 5 dias |
| Moderna | 94,1% após segunda dose | Eficácia comparável a adultos jovens | Reações adversas majoritariamente leves | Armazenamento a -20°C; pode permanecer em geladeira 1 mês |
| Janssen | 66,1% com apenas uma dose | Resposta imune um pouco menor em idosos, estudando segunda dose | Reações leves a moderadas, com baixa incidência de eventos graves | Armazenamento simples em geladeira padrão |
| Coronavac (Sinovac) | 80% na prevenção de casos que requerem tratamento médico | Soroconversão acima de 95% em idosos após duas doses | Reações majoritariamente leves | Armazenamento a 2–8°C, facilitando logística |
Para maiores detalhes técnicos e evidências científicas robustas, órgãos e especialistas recomendam consultar recursos especializados como os disponibilizados pela Medicover Hospitals e a Rede APS.
Impacto das doses e intervalos na eficácia das vacinas
Estudos indicam que o intervalo entre doses influencia diretamente a resposta imune. A vacina da AstraZeneca, por exemplo, registra maior eficácia com intervalo ≥12 semanas entre as doses. Em situações de fornecimento reduzido, vacinar um maior número de pessoas com uma dose inicial mostrou-se estratégia eficaz, especialmente para reduzir transmissão e casos assintomáticos.
- Intervalo maior entre doses pode aumentar eficácia;
- Dose única oferece proteção parcial, especialmente entre 22 e 90 dias;
- Vacinação priorizando grupos mais vulneráveis propicia redução significativa de hospitais;
- Vacinas de mRNA, como Pfizer e Moderna, apresentam proteção robusta após duas doses.
Esses resultados reforçam a importância de campanhas coordenadas e ajustadas à realidade de fornecimento, salientando a necessidade de acompanhamento constante das respostas dos idosos, dado seu maior risco.
Eficiência vacinal em populações idosas e recomendações da OMS
Pacientes acima dos 60 anos representam um grupo crítico para a avaliação da eficácia vacinal. Dados mostram que
- A vacina Pfizer apresentou eficácia entre 90-100% em idosos;
- AstraZeneca alcança até 73% de efetividade após a primeira dose;
- Coronavac demonstra soroconversão superior a 95% após o esquema completo;
- Janssen está avaliando uma segunda dose para fortalecer resposta imune em idosos;
- Estudos indicam tolerabilidade melhor da AstraZeneca em adultos mais velhos.
Além disso, a Organização Mundial da Saúde estabeleceu critérios mínimos para o uso emergencial, valorizando a eficácia de no mínimo 50%, uso em idosos, regime com até duas doses e proteção certeira por pelo menos seis meses. Dessa forma, as vacinas atualmente aplicadas no Brasil encontram respaldo técnico rigoroso da Anvisa e as avaliações científicas do Butantan e Fiocruz oferecem segurança à população.
Segurança das vacinas e acompanhamento pós-aplicação
A maior parte dos efeitos adversos relatados nas diversas vacinas são em sua maioria leves e transitórios, ocorrendo dentro dos primeiros dias após a aplicação. Eventos graves são raros e geralmente não relacionados à vacinação direta. O monitoramento de farmacovigilância e estudos na fase 4 são instrumentos essenciais para garantir a segurança contínua, especialmente diante da introdução de novas formulações ou adaptações vacinais.
- Incidência baixa de eventos adversos graves;
- Maioria das reações são leves, incluindo dor local e febre moderada;
- Óbitos relacionados diretamente à vacinação não foram observados nos principais estudos;
- Importância do acompanhamento pós-vacinação para identificar reações tardias;
- Adaptação das doses e componentes conforme surgem variantes.
Desafios logísticos: conservação e distribuição das vacinas
A logística é um fator crítico no sucesso das campanhas vacinais, especialmente em regiões com infraestrutura limitada. Vacinas como Pfizer demandam temperaturas extrabasas de armazenamento, o que limita sua aplicação em locais menos favorecidos. Já a AstraZeneca, Coronavac e Janssen se destacam pela facilidade no armazenamento entre 2 a 8ºC, favorecendo a amplitude da distribuição nacional.
- Pfizer: armazenamento a -70ºC e validade limitada em geladeira padrão (5 dias);
- Moderna: requer -20ºC para longo prazo e suporta até um mês em geladeira;
- AstraZeneca e Coronavac: armazenagem convencional em geladeira;
- Sputnik V: disponível em forma líquida (-18ºC) e liofilizada (2–8ºC);
- Janssen apresenta facilidade logística semelhante às vacinas refrigeradas.
O aprofundamento destes aspectos poderá ser consultado em artigos científicos e relatórios oficiais atualizados regularmente por instituições como a Fiocruz e o Instituto Butantan.
Perspectivas para vacinas de próxima geração e estudos futuros
As pesquisas em vacinologia avançam na busca por imunizantes com maior duração da proteção e ampla neutralização contra variantes emergentes. Análises recentes sugerem que a dependência exclusiva da proteína spike pode limitar a eficácia prolongada, indicando a necessidade de novas formulações e estratégias de reforço.
- Exploração de múltiplos antígenos além da proteína spike;
- Desenvolvimento de vacinas com adjuvantes otimizados para resposta prolongada;
- Investimentos em formulações que resistam melhor a variações genéticas do vírus;
- Estudo da imunidade celular e sua integração ao desenho vacinal;
- Alinhamento com políticas públicas para distribuição justa e contínua.
Chamo-me João Silva e vivo em Lisboa. Há mais de 12 anos que trabalho no jornalismo, com especialização em temas económicos, sociais e ambientais. Apaixonado pelas transformações digitais e sociais, gosto de analisar as tendências atuais e explicá-las de forma clara e acessível.