
A defesa do juiz Carlos Alexandre desmontou a urdidura de José Sócrates na absurda imputação de conluio na distribuição legal do inquérito judicial da Operação Marquês (em 2014).
Segundo a notícia da Lusa, de 21-4-2021, no debate instrutório da acusação de Sócrates contra o juiz no Tribunal da Relação de Lisboa, o juiz sublinhou que “no período de inoperância do Citius — entre 01 de setembro e 06 de novembro de 2014 — houve distribuição manual de processos por todos os oficiais de justiça do TCIC e não apenas pela escrivã que, consigo, é visada no processo.
Assinala também que nesse período houve 50 processos que foram manualmente atribuídos ao juiz 1 do tribunal, ocupado por si e 69 atribuídos ao lugar de juiz 2”.
A imputação de Sócrates – de que, nessa altura, em que o juiz provou os problemas do sorteio eletrónico do sistema informático Citius no TCIC, foi só aquela escrivã a fazer a distribuição manual (legal) dos processos àquele juiz – fica assim desbaratada.
Recorde-se que o Ministério Público decidiu arquivar o processo intentado por Sócrates. Descontente, Sócrates solicitou a abertura da instrução.