Twitter vai banir “negacionistas” climáticos

Apesar da Ciência ser uma prática onde tudo se pode pôr em causa, há “teorias” que têm de ser aceites em nome de um objetivo político que se visa alcançar – neste caso, o abandono dos combustíveis fósseis. A “ciência climática” está baseada num “consenso” entre cientistas escolhidos por certos organismos e pelos governos, como se se pudesse fazer ciência por votação.

De facto, este é o método que sustenta a “teoria” das alterações climáticas. E, tal como na política, o consenso pode alterar-se, não tendo sido sempre o mesmo no passado.

O Twitter anunciou que não permitirá anunciantes que neguem o consenso científico sobre as alterações climáticas, fazendo eco de uma política já em vigor na Google – noticia a agência Lusa em 23-4-2022.

“Os anúncios não devem prejudicar conversações importantes sobre a crise climática”, disse a Google num comunicado sobre a sua nova política, divulgada no dia 23-4-2022, Dia Mundial da Terra – designação pleonástica dada a esse dia.

Não se refere no comunicado se esta mudança afeta os utilizadores da rede social que, tal como acontece no Facebook, publicam conteúdos “negacionistas” das alterações climáticas.

O anúncio do Twitter ocorreu horas antes de a União Europeia (interferência política na ciência) ter fechado um acordo sobre a nova Lei de Serviços Digitais, que obriga as grandes empresas de tecnologia a examinar as suas plataformas ‘online’ mais de perto em busca de “discursos de ódio”, “desinformação” e outros conteúdos nocivos, ou seja, censura pura e dura.

O Twitter promete dar, nos próximos meses, mais informação sobre como planeia fornecer um “contexto confiável para os debates climáticos” entre os usuários, incluindo no Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (cientistas escolhidos pelo poder).

Os relatórios do painel científico apoiado pela Organização das Nações Unidas (interferência política na ciência) sobre as causas e efeitos das mudanças climáticas, fornecem a base para negociações internacionais para conter as mudanças climáticas (leia-se: imposição de políticas energéticas).

Se a questão das alterações climáticas fosse verdadeira ciência não haveria necessidade de a defender. Mas como se trata de um consenso e este pode mudar ao sabor das intenções políticas, é preferível torná-la de aceitação obrigatória pela população em geral, não vá esta votar em sentido contrário quando esta teoria se tornar insustentável face à realidade.

Henrique Sousa

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Sub-diretor do Inconveniente

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