Petróleo: pico deslizante

De acordo com notícia da Reuters de 21-4-2021, o pico da procura de petróleo pode ser atingido em 2026, segundo a empresa norueguesa Rystad Energy. A procura será de 101 milhões de barris por dia.

“A adoção da eletrificação nos transportes e noutros setores dependentes do petróleo está a acelerar, levando ao fim do petróleo mais cedo do que a nossa previsão anterior”, escreveu a Rystad.

Antes da eclosão da pandemia COVID-19, no início de 2020, a Rystad previa que o pico da procura de petróleo seria alcançado em 2030 com 106 milhões de barris diários.

A primeira pessoa a apresentar publicamente a teoria do pico do petróleo foi Marion King Hubbert geofísico americano que trabalhou como investigador para a Shell Oil Company de 1943 a 1964 e ensinou geofísica na Universidade de Stanford e noutras instituições.

Numa reunião de uma filial do American Petroleum Institute em 1956, Hubbert apresentou um artigo no qual retratava a produção de petróleo dos EUA como uma curva em forma de sino, começando do zero no final do século IXX, com pico entre 1965 e 1975 com cerca de 6,8 milhões a 8,2 milhões de barris por dia, e diminuindo a partir daí, tão rapidamente quanto havia crescido.

Hubbert previu ainda que a produção global de petróleo, assumindo reservas inexploradas de 1,25 bilhões de barris, atingiria o pico por volta do ano 2000 com cerca de 33 milhões de barris por dia.

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Sub-diretor do Inconveniente

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