
O Papa Francisco promulgou, no passado dia 23-5-2021, a Constituição Apostólica Pascite Gregem Dei, que reforma o livro VI do Código de Direito Canónico de 1983 “Sanções penais da Igreja”, onde excomunga oficialmente, sem necessidade de decreto, quem se envolva na ordenação de mulheres, sejam fiéis ou presbíteros, diáconos ou bispos (suspensão automática).
“Incorre em pena latae sententiae [excomunhão automática] ou, tratando-se de clérigo, de suspensão: qualquer um que tente conferir a sagrada ordenação a uma mulher, assim como a mulher que tente receber a sagrada ordenação, incorre em excomunhão latae sententiae reservada à Santa Sé; o clérigo também pode ser punido com a expulsão do estado clerical.”
Esta decisão vem no seguimento da declaração solene do Papa João Paulo II sobre a ordenação feminina na carta apostólica Ordenatio Sacerdotalis, de 1974, onde expõe categoricamente a sua total impossibilidade, no seu ponto 4:
“Portanto, para que seja excluída qualquer dúvida em assunto da máxima importância, que pertence à própria constituição divina da Igreja, em virtude do meu ministério de confirmar os irmãos (cfr Lc 22,32), declaro que a Igreja não tem absolutamente a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres, e que esta sentença deve ser considerada como definitiva por todos os fiéis da Igreja.”
Já no ponto 1398, surge o agravamento das penas para pedofilia e pornografia infantil, em que se prevê a expulsão do sujeito do sacerdócio e o proíbe de receber os sacramentos, entre outras penas, por “cometer crime contra o sexto mandamento do Decálogo com um menor“, a quem “recruta ou induz um menor (…) para se expor pornograficamente ou para participar de exibições pornográficas, verdadeiras e simuladas” e ainda quem “adquira, preserve, exiba ou divulgue imoralmente, sob qualquer forma e com qualquer instrumento, imagens pornográficas de menores (…).”
A popularidade mediática do atual líder da Igreja Católica tem sido aproveitada por agendas radicais progressistas e tradicionalistas ao longo do seu pontificado.
Com efeito, Francisco tem visto as suas declarações recorrentemente deturpadas pela comunicação social dominante, que tende a omitir as suas posições mais conservadoras.
Um exemplo dessas deturpações foi a polémica declaração “Se uma pessoa é gay, quem sou eu para julgar?” (em 27-7-2013) que rapidamente foi transformada num slogan pró movimento LGBT, ao arrepio da doutrina oficial da Igreja nesta matéria.
Hoje sabe-se que a declaração original, no seu devido contexto, não colocava a tónica na conduta sexual, mas na boa vontade de quem procura Deus independentemente da sua condição:
“Se uma pessoa é gay, procura o Senhor e tem boa vontade, quem sou eu para julgar?”
De igual modo, também é costume encontrar-se frases falsamente atribuídas ao Papa a circular nas redes sociais, com conteúdo maioritariamente progressista e New Age.
O SÁTIRO / Junho 4, 2021
Creio que o papa está a tentar o regresso ao verdadeiro catolicismo depois de ter dado sinais evidentes de corte radical com os 2 mil anos.
Talvez que as declarações do Cardeal SARAH, africano e homem de FÉ, e do cardeal Ouellet, ambos Prefeitos de Congregações no Vaticano o tivessem feito voltar à génese do Cristianismo.
Sou leitor de jornais on line dos jesuitas “”progressistas”” que apoiam Bergoglio e na realidade querem o corte radical com a tradição.
O Papa é bastante culpado das confusões, porque tem dado motivos para isso.
A questão gay/LGBTI é uma delas.
Faz demasiadas referências à situação e em moldes muito questionáveis. A frase citada é totalmente desnecessária: qualquer “”pecador”” que se queira aproximar de Deus pode fazê-lo e nenhum papa o pode impedir..APLICA SE A TODOS OS SERES HUMANOS, COMO ESTÁ ABUNDANTEMENTE DITO POR JESUS CRISTO HÁ 2 MIL ANOS (não é só a prostitua, e o “bom ladrão”…são TODOS..).para quê citar só os gays???
Pior, muito pior, é a frase a incentivar as “uniones civiles”…São assuntos de cada Estado, mas a união civil pressupõe ou é acompanhada de relação sexual.
Ora a relação sexual gay/lesbos é pecado. Logo, incentivou o pecado. Além disso, um dos visitantes frequentes no vaticano é o P. Martin ,célebre nos EUA por defender publicamente a união gay, inclusivé permite o beijo gay/lesbos na boca nas eucaristias. Foram fotografados de mãos dadas no Vaticano.
Quando do relembrar da doutrina católica pela Congregação da doutrina da Fé, vários bispos e pelo menos um cardeal afirmaram publicamente estar envergonhados..E na semana passada, cerca de CEM igrejas na alemanha benzeram casais gay/lesbos. E NÃO HÁCONSEQUÊNCIAS PARA ESSE DESVIO GRAVE ????
Sobre o ABORTO (cerca de 40 milhões de anos, ) quase nada diz…e se tivesse tomado posição contra, talvez o Senado argentino não tivesse aprovado há alguns meses . E tem criticado os bispos EUA que se RECUSAM A DAR COMUNHÃO A POLITICOS QUE VOTAM EDEFENDEM O ABORTO..Já2 vezes J Biden esteve na fila e foi lhe recusada a comunhão.
As negociações com a China comunista tb são motivo de crítica pq dá muitos poderes ao governo assassino de pequim e TRAIU A IGREJA CLANDESTINA que ficou nas mãos do governo comunista que aproveitou para as prisões do costume. Neste caso, o cardeal ZEN, emérito de HONG KONG , muito conceituado mesmo fora dos círculos católicos, tem alertado para as prisões e perseguições, e tem sido muito mal tratado pelo Vaticano .Há meses, esteve 4 dias em Roma para ser recebido e ..NADA nem um simples padre assessor o recebeu.
E há a célebre estátua da DEUSA DA FERTILIDADE dos indígenas da amazónia levada para o Vaticano e colocada nos jardins , tendo feito uma cerimónia tipo festa com mulheres indígenas e cardeais nos jardins ……ÍDOLOS????
Haveria muito mais para descrever, mas seria muito longo o comentario.
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Julio Rodrigues / Junho 6, 2021
Não há mais nenhum meio de comunicação à difundir taxativamente esta noticia,
nem no Vatican va…
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