Segundo notícia do California News Times de 16-9-2021, entrou em funcionamento a maior central de captura de CO2 do mundo em Reykjavik, capital da Islândia.
A central Orca retira CO2 da atmosfera que depois é dissolvido em água e injetado no subsolo, onde irá combinar-se com cálcio para formar o sólido carbonato de cálcio.
O sistema, o maior do mundo, recupera 4.000 toneladas de CO2 por ano dos 35 mil milhões de toneladas produzidas pela queima de combustíveis fósseis. A empresa instaladora, Climeworks, está “confiante” de que poderá atingir milhões de toneladas daqui a menos de 10 anos e competir com as florestas que transformam CO2 em madeira (e esta muitas vezes arde e liberta o CO2 de novo).
A Orca gasta 600 a 800 USD para isolar uma só tonelada de dióxido de carbono, e a empresa vende “pacotes de compensação” que contam como emissões negativas por cerca de US $ 1.200 a tonelada. A empresa acredita que a economia de escala pode reduzir os custos num fator de 10.
No entanto, parece haver clientes dispostos a pagar os altos valores atuais. Mesmo que os adeptos do Orca cresçam, cerca de dois terços das suas ofertas “vitalícias” de remoção de carbono já foram vendidas. Os clientes incluem a Microsoft, a Swiss Re e cerca de 8.000 indivíduos.
Segundo o Acordo de Paris, é urgente remover centenas de milhares de milhões de toneladas de CO2 para evitar que as temperaturas excedam a média pré-industrial em 1,5 ou 2 °C.
A Climbworks não é a única a encontrar uma oportunidade. A Carbon Engineering, uma empresa canadiana, está a preparar-se para pôr em funcionamento uma instalação de descarbonização com o recurso a uma variedade de produtos químicos numa escala de gigatoneladas.
Não há notícia sobre os impactos ambientais destas instalações, nem do consumo de energia provinda de combustíveis fósseis para o seu funcionamento.