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Conta-se, numa reprise moderna de uma lenda antiga, que o rei D. Marcelo foi informado sobre as ações de caridade da rainha D. Antónia para salvar bancos, nacionalizar empresas, sustentar malandros, investir na transição energética, climática e digital, e custear as despesas que implicavam para o tesouro real.
Um dia, o rei decidiu surpreender a rainha numa das suas habituais caminhadas em que distribuía dinheiro à farta por todos os seus capangas e empresas de familiares.
Reparou que ela procurava disfarçar o que levava no regaço. D. Marcelo perguntou à rainha onde ia e ela respondeu que se dirigia ao Panteão Nacional para colocar umas flores no túmulo do rei do futebol. Não satisfeito com a resposta, o rei mostrou curiosidade sobre o que ela levava no regaço. Após alguns momentos de atrapalhação, D. Antónia respondeu:
– São rosas, meu Senhor!
Desconfiado, o rei achou que ela estaria a mentir, uma vez que não era possível haver rosas em janeiro.
– Só rosas, D. Antónia?
– Não, Senhor meu Rei! Também levo Jerónimos, Catarinas e outras flores do meu quintal!
Abrindo o regaço, deixou então ver aquele arranjo de lindas flores que levava ao colo e a que o povo chama carinhosamente geringonça florida.
Desde então, D. Marcelo anda desconfiado e até já aprovou leis contrárias à vontade de D. Antónia.
Mas esta já recorreu ao Tribunal Régio Constituinte, o que não agradou a D. Marcelo que prometeu vingar-se, chumbando o próximo orçamento real.