
O PCP está a comemorar 100 anos de vida. E fá-lo com pompa e circunstância. As televisões dão-lhe o palco que negam a qualquer iniciativa que não esteja colada à esquerda. Os média vendidos ao poder socialista mostram um falso e glamoroso PCP. Ignoram o apoio que o PCP deu, ao longo de 100 anos, aos regimes despóticos e genocidas da URSS, China, Camboja, Coreia do Norte, Vietname e países da chamada Cortina de Ferro.
Ainda hoje, o PCP se presta a dar apoio público aos regimes despóticos da China, Coreia do Norte, Vietname, Cuba e Venezuela. Trinta e dois anos após a Queda do Muro de Berlim, o PCP continua a lamentar o fim da Cortina de Ferro e a libertação dos países da Europa do Leste do jugo soviético. Apoiou a invasão da Hungria, em 1956, e da Checoslováquia em 1968.
Associar o PCP à luta pela liberdade é, no mínimo, uma falsidade. A história do PCP mostra que os comunistas portugueses estiveram sempre ao lado dos tiranos. Durante o PREC, dos finais de 1974 até Novembro de 1975, o PCP perseguiu não apenas empresários e gestores, mas também jornalistas e professores não alinhados à esquerda. Milhares de portugueses foram saneados sobretudo nas universidades e nos média.
Como é possível que as televisões esqueçam este historial de atentados contra a liberdade e a dignidade da pessoa humana? O PCP é um partido extremista que não desiste de tomar o poder político para impor a ditadura do proletariado e transformar o nosso país numa prisão. Tal e qual como os outros partidos comunistas que conquistaram o poder fizeram.
O PCP esteve perto de o conseguir em 1975. Não conseguiu tomar o poder total pela força: foi travado pelo levantamento democrático de 25 de Novembro de 1975. Mas conseguiu destruir a nossa economia.
Vivemos tempos perigosos. Vinte e cinco anos depois do 25 de Novembro, temos um PCP tão extremista como sempre foi, com a agravante de condicionar fortemente as políticas do Governo socialista, dando-lhe apoio e sustentabilidade em troca de políticas inimigas da criação de riqueza e do investimento. A piorar a situação, temos um PS alinhado à extrema-esquerda, dando mostras de um radicalismo nunca antes visto.
A lista de mortos provocados pelos partidos irmãos do PCP é longa e merece ser lembrada (ver Livro Negro do Comunismo, Lisboa, Quetzal, 1998):
- China: 65 milhões de mortos
- URSS: 20 milhões
- Camboja: 2 milhões
- Coreia do Norte: 2 milhões
- África: 1,7 milhões
- Afeganistão: 1,5 milhões
- Vietname: 1 milhão
- Europa do Leste: 1 milhão
Exceptuando os comunistas, os restantes portugueses não têm nada para comemorar no centésimo aniversário de um partido totalitário e extremista, incapaz de respeitar a liberdade e autodeterminação da pessoa.
Ramiro Marques
*O autor usa a norma ortográfica anterior.
Manuel Graça / Março 8, 2021
“Como é possível que as televisões esqueçam”
Esqueçam? Regurgitam com prazer o que aceitaram pela goela abaixo. Cedo percebem e aceitam que só se manterão no processo se não insistirem em ter memória. Auto-confinam-se à redoma.
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Manuel Graça / Março 8, 2021
Auto-confinam-se … alegremente … à redoma. Sentem-se “inseridos”, “participantes”, na “vanguarda da boa-nova”. Cada qual mais papista que os restantes.
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Carla corona / Março 8, 2021
Na avenida da liberdade houve quem deitassenão sei quantas bandeiras comunistas abaixo… mas disso ninguém fala..
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António E. Macedo Oliveira / Março 15, 2021
Bem verdade!
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