O algodão não engana

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Vivemos tempos esquizofrénicos.

Empresas que prosperam em ambiente de capitalismo, estão a ser “ocupadas” por lideranças woke que, doutrinadas na aversão ao capitalismo, ao Ocidente, à sua identidade, na culpa, no antissemitismo e na distópica utopia socialista e comunista, mordem agora a mão que as alimenta e enriquece.

Os casos sucedem-se nos EUA.

Jeff Bezos acaba de doar milhões de euros ao assumido comunista, Van Jones, para que ele os utilize nas “causas” que entender.

A marca de gelados Ben & Jerry, fundada por dois judeus, apoiantes de Bernie Sanders ( extrema-esquerda), e actualmente capitaneada por uma activista antissemita e da esquerda radical, além de doar imensas quantias de dinheiro ao grupo marxista Black Lives Matter (BLM), de subsidiar protestos no sentido de desorçamentar as polícias, de promover formações de wokeismo e de “privilégio branco”, etc., acaba de decidir boicotar Israel, não vendendo o seu peixe  naquilo que arbitrariamente designa por Occupied Palestianian Land (OPL).

(Um pequeno parêntesis para referir que OPL é um conceito puramente ideológico, uma vez que o território a que se refere, Judeia e Samaria, pertencia à Jordânia, não à “Palestina”, entidade então inexistente, e foi capturado na sequência de uma guerra defensiva, na qual a Jordânia foi a parte agressora. Em termos puramente legais, e uma vez que Israel não anexou esses territórios, e a Jordânia não os quis de volta, trata-se de “territórios disputados”, e não “OPL”).

O caso do grupo BLM é, contudo, paradigmático, já que o seu marxismo, racismo e antissemitismo são programáticos, os seus dirigentes são marxistas assumidos, e contudo, por via do complexo de culpa embutido à força nas universidades, é galhardamente subsidiado pelas empresas dirigidas, ou por idiotas letrados, ou por activistas woke, passo a redundância.

Os recentes protestos em Cuba contra o brutal regime comunista são clarificadores e, para aqueles que duvidam do marxismo do BLM, a verdadeira prova do algodão, uma vez que mostram sem qualquer máscara que o alegado grupo de “justiça social” tem como agenda, não a vida dos cidadãos de uma determinada cor (em si, puro racismo), mas sim o marxismo.

É que o BLM diz, sem papas na língua que “o povo de Cuba está a ser punido pelo governo americano” por causa do embargo. Refere também que “Cuba tem historicamente demonstrado solidariedade com povos oprimidos de descendência africana” (referia-se às chacinas e roubos em Angola? À protecção a elementos da liderança do BLM?).

Duas mentiras flagrantes e despudoradas.

Não são os EUA que oprimem o povo cubano, ma sim o seu governo comunista. Há mais de 60 anos que o povo de Cuba está privado das mais básicas liberdades e afundado na repressão e na miséria. Não é o embargo americano (legítimo e justificado) que “mina o direito dos cubanos para escolherem o seu próprio governo”, mas sim o regime comunista, que ninguém escolheu e que não hesita em usar toda a violência necessária para se manter no poder.

Os cubanos que saem para a rua, apenas querem liberdade e uma vida decente. A resposta do regime é chumbo, assassínios, prisões, etc.

E paradoxalmente, muitos desses cubanos são negros, as tais vidas negras que parecem importar um pepino aos lideres do BLM. 

A “justiça social” aqui já não importa, porque o que une o BLM e o regime cubano, é a defesa e promoção do marxismo.

BLM, Cuba, e por cá o PCP e a extrema-esquerda, repetem ad nauseam o mesmo guião, porque são farinha do mesmo saco.

 O guião é simples e adequado a idiotas:

Os cubanos protestam contra o regime comunista? A culpa é dos americanos e do “bloqueio” (não há bloqueio nenhum, btw).

A razão pela qual o BLM diz que os EUA querem “destruir a Revolução cubana” (outro oxímoro, as revoluções são instantes de transição, não um status quo de mais de meio século) é a mesma pela qual os líderes e fundadores do BLM se colocaram ao lado do camionista Maduro da Venezuela: o fascínio pelo totalitarismo comunista!

Que importa ao BLM que cubanos de raça negra sejam mortos nas ruas pela polícia e pelos jagunços do regime?

As “black lives” não importam um tremoço quando se trata de manter o poder comunista.

Hipocrisia, cinismo, é perante isto que os idiotas andam a ajoelhar nestes tempos esquizofrénicos.


José do Carmo

* O autor usa a anterior norma ortográfica.

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  • E se falássemos de Portugal ? Que não queiram falar do Brasil eu até entendo, mas estamos a meses dumas autárquicas que podem decidir o futuro do Costa, ele está agarrado à bazuka como se fosse o supositório milagroso que lhe vai garantir a sobrevivência, e a malta põe-se a falar dos USA ? Começo a ter dúvidas sobre a verdadeira motivação destes articulistas !
    Ou será que padecem da mesma doença dos comentadores televisivos ? Assinam as revistas de referência internacional, usam-nas como fonte e depois sacam uns cobres a comentar, reproduzindo à letra o artigo da revista!
    Como é que eu sei ? Elementar meu caro Watson, que outra explicação para dois comentadores em canais distintos, apresentarem exactamente o mesmo paleio ?

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