Misocristia: como diferenciar intolerância religiosa da liberdade de expressão?

Não se pode ignorar que a matriz cristã caracteriza a história e a cultura portuguesa. No entanto, em Portugal considerado agora um país socialista, cada vez mais, através da doutrina marxista, são atacados os cristãos e os seus valores.

É bom lembrar que o marxismo não é apenas uma doutrina política e económica: é uma forma de crença, de fé. O socialismo nada mais é do que a aplicação desta fé por um governo totalitário. 

Sim, o marxismo sempre odiou o cristianismo e é seu objetivo tentar pervertê-lo e matá-lo! 

Em Portugal, não parece ser diferente. Ao introduzir-se nas famílias, nas escolas, na sociedade, ideias e políticas contrária aos princípios e valores cristãos. Quando, por exemplo, não aceitamos a imposição da ideologia de género nas escolas, ou quando nos posicionamos contra toda e qualquer doutrinação por parte do Governo, logo somos chamados de extremistas, de ultraconservadores, ou outros “rótulos” criados para calar a nossa voz. Isso demonstra uma total intolerância religiosa.

Sim, nós, cristãos, somos perseguidos num país de matriz cristã!

A intolerância religiosa não significa apenas realizar atos extremos como o que ocorreu no Chile com a queima de igrejas, queimar um crente na fogueira como ocorreu com os mártires da Igreja, ou fuzilar quem não renegue a sua fé. O simples ato de zombar de um cristão publicamente ou de postar mensagem pública contra esta pessoa por conta da sua crença em Cristo, deve ser considerado misocristia. Esta expressão tem sido usada para definir a ação daqueles que propagam e exercem o ódio e o horror a Cristo e aos cristãos. É toda e qualquer aversão exposta ao Cristianismo.

Portugal é um Estado laico, em que há liberdade de religião e de crença.

É justamente o princípio de que vivemos num Estado democrático de direito baseado na laicidade que os marxistas têm utilizado para justificar os seus atos de intolerância e de preconceito contra a fé cristã e a teligião em geral. Já vivemos este tipo de intransigência em outros tempos e de outras maneiras quando, por exemplo, ocorreu a perseguição aos judeus, a expulsão dos jesuítas, a inquisição, entre outros episódios de repressão e de intolerância que marcaram a história nacional. Será, então, que estamos a regressar aos períodos de perseguição?

Sim, vivemos hoje mais um tempo de misocristiae desta vez na rede virtual!

Ao destilarem ódio nas redes sociais contra as nossas convicções cristãs, demonstram claramente esta perseguição, muitas vezes está trasvestida de liberdade de expressão. Afinal, pode atacar-se alguém por causa da sua crença? E quando o inverso ocorre, será opressão e discriminação das minorias ou apenas liberdade de expressão?

Sim, os cristãos são hoje perseguidos em Portugal pela nossa fé. E, apesar das garantias democráticas, não somos defendidos.


Cibelli Almeida
Fundadora do Movimento Mobilizar com Valores

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Latest comments

  • – Enquanto forem maioria não contem com protecção.
    – Quando forem minoria, também não porque aí já será tarde, e entretanto as “regras” mudaram!
    – É o processo de Africanização/Islamização em curso rápido & silencioso …

  • Gostei do seu texto. Embora eu seja um fraco entendedor destas coisas, arrisco opinar.
    “Portugal é um Estado laico, em que há liberdade de religião e de crença.”
    “Portugal é um Estado laico,…”
    O estado somos todos nós, certo? Se somos todos nós e a maioria é cristã, então Portugal não é um estado laico. Há sim legislação a impor um determinado percurso, ou tenta manipular a visão sobre a sociedade.
    A ideia por detrás, concordo, é minar/destruir a religião cristã, a mais significativa, as outras irão depois por arrasto.
    Inquisição, jesuítas e judeus e hoje, penso que são situações diferentes. Não sei se há material suficiente em comum para se poder comparar. Quiçá o ódio pela religião cristã seja um deles?
    O que se passa hoje, pelo que sei, não pode ser comparado por exemplo, com a inquisição espanhola. Nem com o mito.
    Faz-se também muita confusão com outras também chamadas inquisições, que quando acabaram, não restava cristão a viver naquelas áreas.
    Não é só na rede social. Ainda há pouco tempo senti-me obrigado a intervir no locar de trabalho, porque uma colega estava radiante por acabar a catequese e ir casar pela igreja. Tive um ganho inesperado, ganhei dois amigos ela e o marido. Os outros estão indecisos, a inquisição, é fogo para quem ainda sabe menos do que eu.lol

    • Relegião é nada mais que uma forma fantasma de lavagem ao cerebro de pessoas mentalmente inseguras e/ou perturbadas. Esta a minha opinião claro, não acredito em ficçao.
      Basta recordar as barbaridades /crimes/abusos praticados durante a dolorosa expanção ilegalmente forçada pelo cristianismo. Sou totalmente neutro, de forma nenhuma apoio as outras crenças religiosas. Agora os crentes cristãos vêm-se forçados a engolir o seu próprio orgulho em seco, virou-se o feitiço contra o feiticeiro. Tomem nota: isto é só o inicio de um longo processo de cura muito dolorosa, caso haja cura possivel.

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