França: “és tu fiel às promessas do teu Batismo?”

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“France, Fille aînée de l’Eglise, es-tu fidèle aux promesses de ton baptême?” (França, Filha primogénita da Igreja, és tu fiel às promessas do teu baptismo?).

São João Paulo II (1-6-1980). Homilia na viagem apostólica papal a Paris e Lisieux. Le Bourget (Paris).

O número de muçulmanos praticantes em França superou, pela primeira vez em 2019-2020, o número de católicos praticantes, de acordo com o estudo de Lucas Drouhot, Patrick Simon e Vincent Tiberj, “La diversité religieuse en France: transmissions intergénérationnelles et pratiques selon les origines, divulgado em 30-3-2023, pelo Instituto Nacional de Estatística e de Estudos Económicos francês (INSEE).

Na percentagem da população residente na França metropolitana dos 18 aos 59 anos que pratica a oração pelo menos uma vez por semana 5,80% são muçulmanos, enquanto os católicos são somente 4,35%.

Os muçulmanos são 10% da população residente na França metropolitana dos 18 aos 59 anos, enquanto os católicos são 29%. Todavia, nesse grupo etário, 58% dos muçulmanos afirmam rezar pelo menos uma vez por semana, enquanto apenas 15% dos católicos declaram fazê-lo.

O estudo apresenta também dados sobre a frequência de lugares de culto pelos residentes em França, dos 18 aos 59 anos, que se declaram religiosos, mas a dispersão e acessibilidade aos lugares de culto, torna a prática da oração uma medida mais válida de prática religiosa. A frequência de locais de culto, nesse grupo etário adulto, pelos muçulmanos em França é de 20%, enquanto a dos católicos é de 8%.

A maioria da população francesa, neste grupo etário, atesta não ter religião (51%) e a tendência é para crescer. O número dos que, no grupo etário estudado, em 2019-2020, indicam a sua filiação católica é de 25% (uma queda abrupta em comparação com 43%, em 2008-2009) face a 11% de muçulmanos (eram 8% em 2008-2009).

Um facto de ser salientado no estudo é que, se na transmissão da identidade religiosa aos filhos isso acontece em 91% dos muçulmanos contra 67% dos católicos, os descendentes de emigrantes portugueses são o grupo, de nascidos em França, com maior identidade católica (40%).

A situação francesa é sintomática da tendência europeia: o catolicismo regride, o laicismo avança e o islão alastra.


António Balbino Caldeira

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Latest comments

  • Sem a chagada de novos imigrantes muçulmanos também o Islão estagna e regredirá. A tendência de fundo é o ateísmo.

    • Correção: liberalismo!

      • Correcção: politicamente correcto! Que é algo que se assemelha mais ao comunismo do que ao liberalismo. Isto no que diz respeito aos costumes, quanto a crenças religiosas, além da dispersão em seitas (IURDs), o ateísmo é o movimento de fundo inclusive, ainda que em menor escala, em países muçulmanos!

  • Nos países muçulmanos não há escolha, nem tão pouco a possibilidade de se dizer ser ateu.
    Com o que fizeram no Norte de África e no Iraque os neocons, aliados dos democratas, destruindo os Estados laicos, mas ao mesmo tempo muçulmanos, a loucura desta doutrina provocou um desastre que já está a invadir os USA, pela fronteira aberta pelos aliados de Biden/Obama/Clinton e os aliados da filha de Dick Cheney e Rumsfeld mentor se não erro de Dick Cheney., sempre com trela curta, enquanto se manteve no poder o ex-CEO da Gillead Science, o tipo do Oseltamivir, dos médicos corruptos em Portugal também pela Big Pharma, Pfizer, Moderna, MSD, sendo interessante perceber como estas grandes corporações cresceram à custa dos opiáceos no tempo da Guerra Civil americana, podem ver uma palestra no Youtube : “Big Pharma and the Opioid Epidemic | Gerald Posner”, HillsDale College site, estão lá todos os seus pais .
    Nunca nestes locais esta religião que é muito mais nova que o Cristianismo deixará de impor sob pena de morte a sua vontade aos não crentes, poderá acontecer a perda de fervor religioso nos que são as segundas e terceiras gerações e que vivem no Ocidente, por mais que Soros e aliados se prestem ao serviço de cá, no ocidente, pagarem o tráfico humano através das ONGs e os seus navios o Mediterrâneo, excepto decerto, na região de Gibraltar onde o UK não permite as veleidades que empurram esta gente para Itália, ainda mais agora com o governo conservador.
    Portugal não escapa, por mau investimento na Marinha desde o tempo de Portas, essa figura que muitos esqueceram no negócio dos submarinos alemães em vez de apostar em navios com capacidade e modernidade, devido á extensão da ZEE.

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