
Carpir a Semana
TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO
Vivemos em tempos de teorias da conspiração. De tempos a tempos a história dos Homens lá vai sendo atormentada por umas histórias de cabalas urdidas por algum grupo selecto contra uma maioria de incautos transeuntes. Os exemplos são muitos: os judeus, os jesuítas, os maçons, esta ou aquela seita secreta, o plano Kalergi, o priorado de Sião… agora surgem novas teorias, como as do QAnon, sobre novas e omnipresentes tentativas de urdir um domínio político, económico, social e cultural sobre as massas. Sobre o QAnon, é demasiado óbvio que se trata de mais uma banha da cobra vendida por uns poucos estarolas sem escrúpulos a um público de direita cada vez mais abandonado pelos seus líderes. Em vez de criar programas políticos sérios e adoptar um método construtivo para melhorar o sistema, é sempre mais fácil trocar o diálogo político por uns quantos slogans, trocar os verdadeiros responsáveis por bodes expiatórios e inventar males extraordinários em vez de atacar os velhos e mesquinhos males de sempre.
Não só é mais fácil, como é muito mais lucrativo.
Isso é comprovado muito bem pela esquerda moderna, a perita actual em inventar teorias da conspiração. Num mundo em que a perda de qualidade de vida da classe média só é acompanhada pelo aumento recorde da venda de anti-depressivos, é obra conseguir convencer a opinião pública que os males actuais são o racismo e a transfobia.
O senhor Mamadou Ba foi recentemente explicar perante uma multidão de telespectadores desempregados, endividados e explorados, muitos a trabalhar em casa com horas extraordinárias sem remuneração e sem hora de almoço, que está na hora de reverem a sua atitude perante a história. A ironia escravocrata parece ter escapado à grande maioria dos jornalistas portugueses, que se acotovelam para prestar vassalagem à nova grande teoria da conspiração, a teoria da opressão do homem branco, um sucedâneo da doutrina que colocava a fonte de todos os males nessa minoria mágica e ridiculamente “redefinível”, de acordo com as necessidades da “luta”, que é a “burguesia”.
Não há, para concluir, grande coisa a fazer quanto às teorias da conspiração. Uma pessoa vai crescendo e vivendo e tirando deste tipo de coisas as conclusões que conseguir. O meu modesto contributo para a causa da luta contra as teorias da conspiração nasce da minha experiência pessoal, tanto nas minhas incursões no jornalismo como na militância política, que me levaram a lidar de perto quer com dirigentes locais quer com eurodeputados. Esses anos de intermináveis conversas e embaraçosos silêncios chegaram e sobraram para me provar que os Homens, salvo raras excepções, são governados por completos idiotas. Estamos muito longe do governo de reis filósofos escondidos na sombras de organizações secretas – por enquanto vamos mesmo ter de aprender a viver com o facto de sermos governados, desde Washington a Kinshasa, desde o presidente dos EUA ao centro de turismo local, por completos idiotas chapados. Vamos longe demais quando pensamos que somos governados por cabalas de estrategas diabólicos. A maioria dos burocratas e políticos que nos governam deviam era fazer-nos questionar como é que esta raça de completos anormais consegue chegar todos os dias ao trabalho sem se perder no caminho.
Zurzir pontilhado
- Israel está na linha da frente dos esforços de vacinação da população. Isso não se deve a uma conspiração mundial sionista. Deve-se simplesmente ao facto de Israel ter o seu próprio regulador de fármacos que é, ao contrário dessas engrenagens morosas e grotescas que são na EMA europeia (e o Infarmed português) e a FDA norte americana, um regulador rápido e eficaz. Assim, andavam já as vacinas a sair e o regulador israelita já se preparava para aprovar o novo tratamento.
- É compreensível que em Lisboa não queiram lá o Padrão. A verdade é que a grande maioria dos representados no Padrão nasceram fora de Lisboa. O Infante D. Henrique, o Afonso Gonçalves Baldaia e o Fernão de Magalhães são do Porto. Há pelo menos dois das ilhas. O Nicolau Coelho é de Felgueiras. O Diogo Cão é de Vila Real e o Vasco da Gama é de Sines, assim como mais uns poucos que são alentejanos. Dos frades e escritores, a grande maioria é de Coimbra e arredores. O Padrão dos Descobrimentos é uma prova dolorosa da total inépcia do Lisboeta. Como tal e para a saúde mental dos habitantes da capital, deve ser desmontado.
- Hoje ainda só vi 7 descrições detalhadas de todas as personagens esculpidas no Padrão dos Descobrimentos no meu feed do FB. Como é portugueses? Esse patriotismo já está a soçobrar! Se eu não vir, imediatamente, 10 fotos dos arbustos do Jardim do Império com o “antes” e o “agora”, pelo menos 5 dissertações sobre a vida de Marcelino da Mata e 7 ou 9 imagens mal editadas no Paint do Padrão dos Descobrimentos, fecho a porra do país e vendo esta merda toda aos espanhóis!! Toca a trabalhar esse patriotismo!
- Parece que salvaram os arbustos do Jardim do Império. Está na hora de descansar sobre o cadáver perfumado e salvo da Pátria!
Manuel Rezende
JJ Lopes / Fevereiro 28, 2021
Escreve depressa e deve pensar com alguma pressa, mas acaba por concluir apressadamente. Tudo bem. O Estado de Israel fez um acordo com a Pfizer e utilizou a população como cobaia , toda ela. Inventa um passaporte, a cor não interessa. Independentemente da razão sobre os Infarmed deste mundo, que determinam o que é melhor e o que não pode ser, para bem da saúde das populações que dizem defender, sem serem só as vacinas.
O caso do Remdesivir, um medicamento duma empresa americana que também há anos vendeu através da Roche, o Oseltamivir com Royalties a propósito de uma gripe, (entretanto incinerado por não ter servido) e agora através de um vírus que já teve várias epidemias no espaço de um ano, basta olhar para os gráficos dos casos e das vítimas e perceber as alterações dos genomas na mesma região dos ditos vírus corona.
Dito isto, decidem comprar, sob conselho da EMA e por cá até foi publicado e assinado pelo PM no DR, X+Y dezenas de Milhões de euros com decerto pareceres de peritos, decerto sem que os mesmos declarem conflito de interesses. O medicamento pode ser utilizado em doentes já em UCI, sob oxigenoterapia e utilizando sabendo poder provocar lesões hepáticas e renais e que nunca foi estudado para este vírus, aliás para nenhum, porque nunca serviu, nem para a Hepatite c, nem para o VSR e nem para o Ébola, tendo sido referido com experimental para este, novo coronavírus, num sítio conhecido onde se inscrevem a nível mundial as alterações das doenças virais. Ninguém, suponho, saberá quem foram os especialistas que por cá e lá fora e se, sim ou não, declararam conflito de interesses. A OMS neste apostou primeiro, para depois dizer que afinal não serve e por cá continua a servir, isto em Outubro passado se não erro.
Bem, tudo isso, sem adiantar muito mais, com tanto expert de farmácia, infecciologia e saúde pública alguém deve saber, como souberam dizer e desdizer sobre o caso da hidroxiclocloroquina e num estudo com um nome muito conveniente com doses muito inconvenientes da substância atrás referida, publicado numa revista de nível mundial.
Alguns peritos negam por falta de medicina baseada na evidência, o uso de outro antiparasitário que tem muito mais estudos, é muitíssimo menos inócuo, pelo que a sua utilização é muito pouco ética pela boca de alguns, no entanto tem funcionado bem, não apenas em relação ao Cov 2, mas em relação a outros vírus ARN, em países pobres, só que é demasiado barato.
A propósito de Diabo, um Estado que emite um passaporte e que sofre de amnnésia, em relação a uma coisa de que muitos se não deviam esquecer: um passaporte de pano com a forma de estrela que tinham de usar, não sei se amarelos e cozidos ao casaco ou á roupa que usavam, sob pena de morte, agora decerto apenas para distinguir os querem ou não, fazer um tratamento que ainda está por provar, na eficácia e no tempo, (espero que sim) e que não precisou de estudos, ou apenas de um, em que todos os responsáveis, sabiam quem tinha levado o tratamento e os que não, portanto nem aleatório, nem duplamento cego. Isto tem um nome ou tem vários nomes? E o governo deste local é mais esperto que os dos outros sítios, num mundo onde a esperteza consegue substituir a simples razão. Qual a diferença entre uma estrela de pano e um passaporte,?Espero que a razão prevaleça não vá a moda pegar.
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