
O avanço do novo eugenismo – ver, por exemplo, Vizcarrondo (2014) – tem beneficiado da proteção mediática da ideologia do politicamente correto.
Ao mesmo tempo que o nazismo e o racismo são justamente condenados, favorece-se a manipulação genética, o aborto, a esterilização forçada, a eutanásia, a ideologia do género. São vertentes da mesma filosofia fascista-socialista de eliminação dos mais frágeis para um suposto aperfeiçoamento da “raça”. No pretenso liberalismo pós-moderno, esconde-se o totalitarismo eugénico do Estado.
Em tempos de escolha de sexo e de características do bebé, a partir da seleção de embriões e da manipulação do seu código genético, é fundamental realizar um debate para o esclarecimento e a criação de uma ética da vida humana.
António Balbino Caldeira