Covid-19: da doença e da cura

A doença Covid-19, com nome atribuído pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 11-2-2020, é causada pelo vírus SARS-CoV-2, nome atribuído pelo CITV (Comité Internacional da Taxonomia de Vírus) no mesmo dia, tem sido considerada e tratada como uma pneumonia viral.

Um artigo recente, de 11-5-2021, de Charles Sannat, responsável pelo conteúdo do site www.insolentiae.com, defende (e justifica) que a doença provocada pelo SARS-CoV-2 não é apenas uma simples pneumonia viral. É muito mais que isso. Trata-se de uma endotelite: infeção de células endoteliais. Citando:

“Os pesquisadores de Zurique analisaram os tecidos de pessoas que morreram com o novo coronavírus. Eles acreditam que é uma inflamação vascular sistêmica, não uma pneumonia.

Muito mais do que pneumonia, a doença COVID-19 é uma inflamação vascular sistêmica, de acordo com um estudo realizado por pesquisadores de Zurique. Isso explica por que causa tantos problemas cardiovasculares e falhas de órgãos vitais.

Os primeiros pacientes apresentaram pneumonia de difícil tratamento, disse o Hospital Universitário de Zurique (USZ) num comunicado. Posteriormente, os médicos encontraram cada vez mais casos de doenças cardiovasculares e falência de múltiplos órgãos aparentemente não relacionados com a pneumonia.

A equipe de Zsuzsanna Varga na USZ, portanto, digitalizou amostras de tecido de pacientes falecidos e descobriu que a inflamação afetava o endotélio – o revestimento interno dos vasos sanguíneos – de vários órgãos.

O vírus SARS-CoV-2 pode ser detectado no próprio endotélio, onde causa a morte de células e, em seguida, afeta tecidos e órgãos. Os pesquisadores deduziram que o vírus ataca o sistema imunológico não através dos pulmões, mas diretamente através dos receptores ACE2 presentes no endotélio, que assim perdem sua função protetora.”

Charles Sannat baseou-se em fontes fidedignas como a Tribune de Genève e o SantéLog, que defendem que o coronavírus provoca uma inflamação dos vasos sanguíneos, o que leva à progressiva destruição de vários órgãos irrigados por “tubagens” contaminadas. Mas como é um coronavírus, ataca primeiro nos pulmões e aparelho respiratório. Pode, no entanto, avançar para outras partes, com o correspondente risco de colapso global do organismo e consequente morte.

Mas, mais importante, é uma possível explicação para os alegados efeitos secundários das vacinas com a formação de coágulos e trombos nos pulmões, no fígado e no coração, já observados nas vacinas de DNA como a da AstraZeneca e, em menor grau, nas de mRNA, como a Pfizer e a Moderna, e as de vetor viral, como a da Janssen.

As vacinas de vírus inativo ou atenuado usam outro sistema, que consiste em inocular um vírus inativo ou atenuado que as nossas reservas e anticorpos vão isolar e contra as quais vão lutar como nas vacinas tradicionais. Não existem relatos de coágulos ou trombos com estas vacinas, mas a eficácia é menor, pelo que os especialistas indicam serem mais adequadas para quando a Covid-19 passar à fase endémica, como as gripes comuns.

De acordo com opinião de um clínico que o Inconveniente auscultou:

“É ponto praticamente assente que a Covid-19 é uma doença sistémica.

A pneumonia não é diretamente desencadeada pelo vírus, mas por uma reação exagerada do organismo ao vírus que gera uma “tempestade” de citoquinas e outros agentes da mediação inflamatória, que por sua vez vão “entupir” os pulmões, (alvéolos pulmonares), fazendo o que em medicina se chama o “pulmão de choque”.

Dependendo da reação individual, há pessoas que têm doença ligeira e outras com maior gravidade.

É claro que este vírus desencadeia uma reação inflamatória sistémica que atinge vários orgãos. Nem sempre isso acontece, dependendo, como já se disse, de pessoa para pessoa.

Há outras pessoas que desenvolvem o “Covid Longo” que é uma doença crónica que atinge vários orgãos, até mesmo o coração, gerando uma insuficiência cardíaca com cansaço crónico, etc.

Quanto às vacinas, até agora as de mRNA, com milhões de pessoas vacinadas, parecem ser as mais seguras. Porque, ao entrar na célula, introduzem o código genético do vírus, não causando doença, mas induzindo a produção de anticorpos “anti spyke” – os pezinhos do vírus que lhe permitem entrar na célula onde se replica.

A vacina da Astrazeneca não utiliza o RNA, mas sim o DNA, que atua doutra forma e pode trazer maiores riscos.”

Concluindo, a Covid-19 não será apenas uma pneumonia desencadeada por um vírus. É uma doença que pode afetar vários órgãos. No que respeita à vacina, ela deve ser tomada de forma livre e esclarecida porque senão pode ser também um tiro no escuro. Cabe a cada um avaliar o risco que corre de a tomar ou de não a tomar.

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Sub-diretor do Inconveniente

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