
A atual redução de novos casos positivos de Covid-19 em Portugal poderá estar associada à redução do número de testes realizados? Poderá ser esta a causa de redução do número de novos casos em Portugal, como em vários outros estados europeus?
De acordo com os dados disponibilizados pela ECDP (European Centre for Disease Prevention and Control) da União Europeia, a média de testes à Covid-19 realizados diariamente em Portugal baixou de 59.492 há quatro semanas para 28.499 na semana mais recente registada.
A interpretação de que menos testes significa menos casos positivos, é defensável? Vejamos alguns dados para respondermos a esta questão.
Portugal regista atualmente 16.430 mortes, 807.000 casos e 725.000 recuperados, ainda que este número seja acumulado de dois anos, o que não se faz em mais doença nenhuma de acordo com os princípios de registo epidemiológico e gestão de sistemas de saúde e saúde pública. Não sabemos, de qualquer forma, o que aconteceu aos cidadãos que resultam da diferença entre os casos registados e os casos recuperados (excluindo os óbitos). Recuperaram ou não?
Em contraste, a China, o país mais populoso do planeta, apresenta desde fevereiro de 2020 e até à data de hoje (4-3-2021) um total de: 89.943 casos positivos, 4.636 mortes e 85.130 casos recuperados. Portanto, praticamente toda a gente que não faleceu na China por Covid-19, recuperou da infeção, o que é um indicador de uma infeção que dificilmente poderá, em termos científicos e clínicos, ser classificada como grave.
Por outro lado, a estratégia de testagem da China sempre foi diferente da implementada no Ocidente. Por exemplo, na China há vários meses que se fazem os testes rápidos à saliva (em vez de amostra nasofaríngica) o que, associado a um espectro de classificação com maior especificidade, poderá ter reduzido drasticamente o número de novos casos positivos, sem receio de erros científicos que coloquem em risco a sua população.
Para entendermos melhor os testes e os seus impactos na geração de novos casos positivos, existem algumas evidências que interessa partilhar e reconhecer.
O teste rápido (RDT – Rapid Diagnostic Test) do tipo PCR (proteína C-reativa) tem sido o mais aplicado no Ocidente, incluindo Portugal, e é realizado a partir de bio-elementos recolhidos na via nasofaríngica (nariz e faringe) e que, alegadamente, serve para diagnosticar se o indivíduo está naquela altura infetado.
O segundo tipo de teste mais comum é o teste serológico (análise ao sangue) que serve para reconhecer se o indivíduo esteve infetado algures no passado.
Uma terceira opção, implementada por exemplo na China há vários meses, implica a recolha dos bio-elementos da saliva. Esta terceira opção é a que poderá ser recomendada agora aos países ocidentais como primeira opção de teste rápido para o Sars-Cov-2 (Covid-19). Os dados oficiais dos governos ocidentais nunca foram muito transparentes para compreendermos a distribuição de casos positivos entre os testes PCR (amostra retirada da via nasofaríngica) e os testes serológicos (ao sangue) e que indicariam a diferença entre número de infeções ativas e os número de casos de indivíduos que estiveram infetados no passado, mas que não estavam infetados no momento em que realizaram o teste, podendo, portanto, até já estar imunizados. Veja-se, a propósito deste fenómeno, uma notícia recente publicada no Inconveniente (“Corpo humano desenvolve defesas naturais contra a Covid“).
Ora, os governos ocidentais nunca divulgaram a distribuição de novos casos que resultaram de cada um destes dois testes. Os casos positivos após teste serológico (ao sangue) implicavam que esses indivíduos estiveram infetados no passado, mas não deveriam ser classificados como “novos casos” em nenhuma situação de registo epidemiológico. Todavia, se foram classificados como “novos casos” – o que poderá ser confirmado por profissionais de saúde que introduzem dados nas bases de dados nacionais -, este é mais um fator de descredibilização dos números oficiais de “novos casos” desde março de 2020.
Num estudo de outubro de 2020 (Schwob, J. M., Miauton, A., Petrovic, D., Perdrix, J., Senn, N., Jaton, K., Onya, O., Minghelli, G., Cornuz, J., Greub, G., Genton, B., & d’Acremont, V. (2020). Antigen rapid tests, nasopharyngeal PCR and saliva PCR to detect SARS-CoV-2: a prospective comparative clinical trial. medRxiv), ainda não validado pela via da avaliação de pares, mas publicado pelo British Medical Journal, foram os três tipos de testes a 928 indivíduos que mostravam sintomas associados à doença Covid-19. Na sua página 5, o estudo indicia que o número de resultados positivos através do teste PCR à saliva pode reduzir em 50% o número de resultados positivos identificados através do teste PCR nasofaríngico. No original:
“VLs of patients with positive saliva PCR (median 1.3×105 ; IQR 1.9×104 -8.8×105 ; range 2.0-9.3) were significantly lower than those with positive NP PCR (median 1.3×107 ; IQR 1.3×106 -8.4×107 ; range 2.0- 9.4) (p<0.001). Among 285 patients with VL≥106 by NP PCR, 10 (3.5%) were negative by RDT. Among 87 patients with VL<106 by NP PCR, 50 (57.5%) were positive by RDT (Figure 4A). The difference between NP and saliva VLs”.
Nesta linha de interpretação, agora que os contratos para as vacinas estão assinados e a opinião pública exige o acesso às mesmas, compreende-se que a intenção das agências internacionais seja também de reduzir o número de novos casos positivos. A estratégia de saúde pública para atingir esse objetivo, poderá ser uma combinação de três ações:
1) reduzir o número de testes realizados (veja-se já o caso de Portugal);
2) substituir os teste PCR nasofaríngicos pelo teste PCR à saliva;
3) potencialmente, implementar uma recomendação clínica para que o teste seja realizado apenas a indivíduos que mostrem sintomas.
A combinação destas três ações será a melhor estratégia para reduzir drasticamente o número de novos casos de infeção Sars-Cov-2 com todas as implicações em termos de políticas de saúde e intervenções de confinamento.
Adicionalmente, interessa referir um estudo de 2014 – Odendaal, L., Fosgate, G. T., Romito, M., Coetzer, J. A., & Clift, S. J. (2014). Sensitivity and specificity of real-time reverse transcription polymerase chain reaction, histopathology, and immunohistochemical labeling for the detection of Rift Valley fever virus in naturally infected cattle and sheep. Journal of Veterinary Diagnostic Investigation, 26(1), 49-60 -, devidamente publicado em revista científica, depois de cientificamente validado através do processo de avaliação de pares. Este estudo indicava que o teste PCR era pouco fiável e que não devia ser aplicado de forma isolada em nenhum tipo de diagnóstico. No caso, e aplicado a uma patologia pandémica específica, os autores recomendavam uma estratégia de diagnóstico apoiada por outros testes (não PCR), sobretudo testes do tipo imuno-histoquímico (em inglês, IHC), de forma a corrigir o risco de previsíveis erros de diagnóstico gerados pelo teste PCR. Na sua página 11, os autores indicam a mais baixa especificidade (sp) do teste PCR de 71,3% em comparação com o sp de 99,4% do teste alternativo ou complementar do tipo IHC. E assim recomendam que o teste PCR não seja utilizado como única forma de diagnosticar o que que quer que seja durante uma epidemia. No original:
“the high estimated Sp (99.4%) of IHC and the low Sp of real-time RT-PCR (71.3%) suggests that the definitive diagnosis or exclusion of RVF should not rely on a single PCR test and that IHC could be an effective confirmatory test for real-time RT-PCR–positive field cases (…) during an epidemic”.
Em breve, espera-se que a Organização Mundial de Saúde (OMS) explique por que recomendou aos governos o uso exclusivo do teste PCR para a Covid-19, ignorando estudos como este aqui indicado.
Paulo K. Moreira
Editor de Saúde do Inconveniente
Elvimonte / Março 5, 2021
RT-PCR : Reverse Transcription-Polymerase Chain Reaction – testa a presença de ARN viral convertido em ADN pela “reverse transcription” usando a PCR para amplificar o ADN
Antigen test (ou rapid test) – testa a presença de (uma ou mais) proteínas do vírus (N, S, etc.)
Serologic test – testa a presença de anti-corpos específicos a determinado antígeno
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AOSlzr / Março 5, 2021
o que eu me pergunto é a razão pela qual isto não chega às televisões.
não haverá ninguém nos ministérios super povoados que também tenha acesso a estas informações e se questione?
não haverá nenhum jornalista que faça realmente o seu trabalho sem medo da censura do António Kostadinov?
E o povo pá??? o povo come e cala, kamarada?
O professor Paulo Moreira, a quem tiro o meu chapéu (volta tempo em que se usava chapéu), tentou abordar questões bem fundamentadas cientificamente e suportadas por estudos e comitês tantas vezes pagas por todos nós, numa rádio nacional e adivinhe-se… até o jumento moderador se indignou sem perceber minimamente a geringonça armada em torno desta aberração de governo que nos coloca a todos num confingimento, perdão, confinamento sem qualquer suporte ou explicação plausível.
por mais estudos que possam surgir e evidências que nos andam a enganar e a manipular, tudo vai ficar na mesma porque o tuga é um povo manso governado por gente com um enorme défice cognitivo.
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Elvimonte / Março 6, 2021
«”Something extremely bogus is going on. Was tested for covid four times today. Two tests came back negative, two came back positive. Same machine, same test, same nurse. Rapid antigen test from BD,” Musk said in a tweet, referring to Becton Dickinson and Co’s BDX.N rapid antigen test.» (Reuters).
No essencial, a fiabilidade do teste RT-PCR depende do número de ciclos de amplificação (cycle threshold, ct no acórdão) a que se sujeita o material genético colhido. É neste contexto que o ACÓRDÃO N.º 1783/20.7T8PDL.L1-3 do Tribunal da Relação de Lisboa, datado de 11 de Novembro de 2020,, fundamentado no artigo científico “Correlation Between 3790 Quantitative Polymerase Chain Reaction–Positives Samples and Positive Cell Cultures, Including 1941 Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 Isolates”, refere e passo a citar:
«“A um limiar de ciclos (ct) de 25, cerca de 70% das amostras mantém-se positivas na cultura celular (i.e. estavam infectadas); num ct de 30, 20% das amostras mantinham-se positivas; num ct de 35, 3% das amostras mantinham-se positivas; e num ct acima de 35, nenhuma amostra se mantinha positiva (infecciosa) na cultura celular (ver diagrama).
Isto significa que se uma pessoa tem um teste PCR positivo a um limiar de ciclos de 35 ou superior (como acontece na maioria dos laboratórios do EUA e da Europa), as probabilidades de uma pessoa estar infectada é menor do que 3%. A probabilidade de a pessoa receber um falso positivo é de 97% ou superior”.»
«With a cutoff of 35 [cycles], about 43 percent of those tests would no longer qualify as positive. About 63 percent would no longer be judged positive if the cycles were limited to 30.»
(Artigo do NYT “Your Coronavirus Test Is Positive. Maybe It Shouldn’t Be.”
https://www.nytimes.com/2020/08/29/health/coronavirus-testing.html)
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António José da Costa Maya / Junho 25, 2021
Até quando vai durar esta farsa, esta fraude, este crime contra a humanidade, senhores governantes, senhores farmacêuticos, senhor vice-almirante, senhores directores de jornais e de TVs, quejandos, tribunais, polícias e gente covideira?!!! Desengane-se quem pensa que governantes e imprensa é gente incompetente. Pelo contrário, são altamente competentes a fazer o que lhes mandam. Uns, corrompidos pelas elites donas-disto-tudo, sem vergonha, a fazer de nós cobaias, a fingir que se preocupam; os outros, corrompidos com 15 milhões de euros, a assediar, a mentir, a omitir e a aterrorizar toda a gente, todo o dia e a toda a hora!
Quando o grupo de 22 cientistas, doutores em Ciências da Vida, examinou o teste PCR numa revisão por pares externos, encontrou-lhe 10 erros fatais, cada um dos quais, por si só, suficiente para os reprovar e classificá-los como totalmente inúteis para diagnosticar o SARS-CoV-2 (Covid-19).
O PR e o PM aconselharam-se com esse grupo internacional de 22 sábios, os que mais sabem sobre os PCR ?
NÃO!
Foram ter com o inimigo, com a Infarmed, ligada e sujeitada às grandes farmacêuticas, há que vender testes da treta, vacinas assassinas de cobaias humanas, e enquanto não encheram bem os bolsos, inventam nomes a variantes, comuns a todos vírus!
Acções judiciais já decorrem no Tribunal Penal Internacional, em Haia.
Haja Justiça!
Relatório de revisão Corman-Drosten et al. Eurosurveillance 2020. 27 de Novembro de 2020. Iron & Fire, 30 Novembro 2020
https://www.iron-and-fire.com/?p=1411
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António José da Costa Maya / Junho 25, 2021
Quando o grupo de 22 cientistas, doutores em Ciências da Vida, examinou o teste PCR numa revisão por pares externos, encontrou-lhe 10 erros fatais, cada um dos quais, por si só, suficiente para os reprovar e classificá-los como totalmente inúteis para diagnosticar o SARS-CoV-2 (Covid-19).
O PR e o PM aconselharam-se com esse grupo internacional de 22 sábios, os que mais sabem sobre os PCR?? (ver: Relatório de Corman-Drosten et al. Eurosurveillance. 27/11/2020. Iron & Fire).
NÃO!
Foram ter com o inimigo, com a Infarmed, ligada e sujeitada às grandes farmacêuticas, há que vender testes da treta, vacinas para cobaias, e enquanto não encheram bem os bolsos, inventam nomes a variantes, comuns a todos vírus!
Acções judiciais já decorrem no Tribunal Penal Internacional, em Haia.
Haja Justiça!
Relatório de revisão Corman-Drosten et al. Eurosurveillance 2020. 27 de Novembro de 2020. Iron & Fire, 30 Novembro 2020
https://www.iron-and-fire.com/?p=1411
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