O Ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, confirma a intenção de Portugal atingir a meta de 80% de energias renováveis até 2026, meta inicialmente prevista para 2030.
Mas o ministro não explicou como é que se atingirá essa meta, nem especificou se os 80% se referem apenas a energia elétrica ou se é em relação a toda a energia necessária para o consumo dos portugueses.
Se ele se refere apenas à produção de eletricidade, sem sistemas de armazenamento gigantescos que implicam avultados investimentos e consequente encarecimento dos encargos de potência da energia elétrica, isso é muito improvável. Se se refere ao total do consumo de energia é uma impossibilidade técnico-económica. Vamos supor que ele se refere apenas à produção de eletricidade.
Assim, vejamos qual a situação atual no que respeita à produção de eletricidade (dados da REN):
Em 2021, as renováveis produziram 59,3% do total de energia elétrica, com uma contribuição hídrica de 24,8% e o restante das eólicas (23,9%), solares (3,6%) e biomassa (6,9%). Em 2022 e até outubro, as renováveis produziram apenas 44,1% do total porque tem sido um ano de fraca hidraulicidade – a produção hídrica foi de 8,3% apenas, a produção eólica foi de 23,8%, a solar subiu para 5,4% e a biomassa ficou em 6,6%.
O saldo importador aumentou de 9,5% em 2021 para 22,4% em 2022 (até outubro). Esta necessidade de importar deve-se à fraca produção hídrica que as restantes renováveis não compensaram, apesar do aumento de 300 MW em potência solar. A produção eólica e da biomassa manteve-se porque não houve aumento das potências instaladas.
A produção elétrica a partir de centrais a gás natural anda na ordem dos 30% (29,2% em 2021 e 33,1% em 2022) e corresponde à penetração possível das mesmas face à sua capacidade limitada de cobrir as pontas e à concorrência das centrais que beneficiam de prioridade de entrada na rede, as eólicas, solares e de biomassa.
Qual será então a estratégia do ministro Duarte Cordeiro (e do Governo), para conseguir produzir 80% da energia elétrica total em 2026? Aumento das potências renováveis instaladas? Que investimentos vão ser feitos para atingir essa meta?
Sabe-se que na vizinha Espanha os concursos para instalação de mais eólicas e solares estão a ficar vazios porque o chamado mecanismo ibérico (preço limitado do gás para geração de eletricidade) está a pressionar a descida de preço da eletricidade e os investidores já não se sentem atraídos por preços da ordem dos 60€/MWh quando dantes se pagava mais de 100€/MWh.
A um governante responsável não cabe apenas fazer promessas e estabelecer metas. Compete-lhe acima de tudo explicar como é que pensa agir, uma vez que a sua ação tem implicações para os contribuintes e consumidores de energia.
Ouve-se falar do projeto mirabolante do hidrogénio como se daí resultassem ganhos. Mas que não se perca de vista que na “produção” de hidrogénio gasta-se eletricidade e alguma perde-se. É simplesmente uma forma de armazenar energia excedentária. Mas qual é essa energia excedentária que temos de importar? Pode pontualmente haver potência em excesso, mas em termos de energia não tem expressão. O encerramento antecipado das centrais a carvão decerto contribuiu também para a escassez de eletricidade em 2022.
A fixação dos governantes nas renováveis está toda assente na narrativa climática – que culpa o CO2 pelo efeito estufa que aquece o planeta, provocando alegadamente o aumento da ocorrência de secas e inundações, fome, subida do nível do mar, desertificação, redução da biodiversidade, e até pode provocar dores de cabeça e distúrbios mentais…
Esta promessa do ministro do Ambiente e Ação climática surge no rescaldo da COP27, em que pouco de concreto se decidiu para a redução das emissões de carbono, apenas a promessa de fundos destinados a indemnizar países que alegadamente sofrem mais com as alterações climáticas.
Parece que Portugal, cujo consumo anual de fósseis é de cerca de 0,15% do consumo mundial, está na linha da frente do combate climático e quer ser um exemplo para o mundo na redução das emissões de carbono per capita, que é um quarto da dos EUA, por exemplo, com um consumo anual que ronda os 20% dos combustíveis fósseis a nível mundial…
Henrique Sousa
João Brandão / Novembro 28, 2022
Quando a sociedade de um país entrega a governança a ignorantes dá nisto.
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Carlos2 / Novembro 28, 2022
A Consensus Of One
https://odysee.com/@TonyHeller:c/a-consensus-of-one-2:3
Green Germany
https://odysee.com/@TonyHeller:c/green-germany:1
Profiting From Fear
https://odysee.com/@TonyHeller:c/profiting-from-fear:9
Who is Really Using Covid and Climate As WEAPONS In the Great Reset Agenda
https://odysee.com/@enlightenedones!:1/Who-is-Really-Using-Covid-and-Climate-As-WEAPONS-In-the-Great-Reset-Agenda-:1
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Alexandra Ocasio-Cortez
AOC, is an American politician and activist.
https://en.wikipedia.org/wiki/Alexandria_Ocasio-Cortez
AOC – World To End By The Year 2030
https://odysee.com/@TonyHeller:c/aoc-world-to-end-by-the-year-2030:8
o mundo vai acabar em 12 anos se não atendermos as alterações climáticas. O vosso grande problema… é… … … o vosso grande problema é… como é que vamos pagar por isso.
Digam lá que não há muita gente apanhada do clima?!… Não sei, mas se o mundo acabar em 12 anos, daqui a 12 anos, acabam-se as dívidas né?…
Melhor previsão do tempo…
Irish weather forecaster gives us the weather report…
https://odysee.com/@Chaine73:9/Irish-Weather-Forecaster-Gives-Us-The-Weather-Report…-:5
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Gabriela Acabado / Novembro 28, 2022
A ignorância dos Governantes ligados ao Ambiente e às Alterações Climaticas, conduziu nos a Absurdos inexplicáveis tecnicamente ….Ate as Enxaquecas e Distúrbios mentais provocados pelo CO2….Mas muito danosos do nosso Portugal e das nossas Populações pouco esclarecidas
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