
Lágrimas e revolta pela sorte das mulheres e crianças do Afeganistão!
Vinte anos de esperanças traídas, de promessas anuladas, de esforços de mudança frustrados. Vamos todos embora: quem vier atrás que feche a porta!…
Afeganistão, uma nação onde nunca faltam as armas – e que atire a primeira pedra o país que não tem culpa, directa ou indirecta -, mas carece de tudo o resto que é essencial à vida, para que seja considerada tal.
Afeganistão, um território onde cairá uma noite sem estrelas. Porque as estrelas vivem de luz própria e isso é uma ousadia que não pode ser tolerada!
Afeganistão, uma mesa estratégica onde se continua a jogar, com hipocrisia, ao Risk com a pele da população civil em nome de… sabe-se lá bem o quê!… Onde o excesso de testosterona fanática e criadora de morte prevalece sobre a criação e conservação da vida
“Cabul… um mundo violento e sinistro onde as mulheres são invisíveis, a beleza é proibida e os papagaios de papel já não voam no ar…” (1)
Bandeira do coração, dos não indiferentes, a meia-haste. Luto solene, pelas mulheres e crianças do Afeganistão!
(1) Introdução à edição italiana do livro “O caçador de papagaios” do médico e escritor Khaled Hosseini (2004)
Maria J. Mendes
* A autora usa a norma ortográfica anterior.