Companheiro Vasco, eles são a muralha de aço!

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Vasco Gonçalves faria 100 anos no dia 3 de Maio de 2021. Vai ser alvo, não de uma, nem de duas, mas de três iniciativas hagiográficas, no Porto e em Lisboa, a 8 de Abril, 3 de Maio e 8 de Maio.

Manuel Begonha, dirigente da Associação Conquistas de Abril, é um dos organizadores das homenagens. Registe-se que Manuel Begonha foi membro da famigerada 5ª Divisão do EMGFA, a partir da qual foram coordenadas as campanhas de doutrinação comunista oficialmente chamadas Campanhas de Dinamização Cultural.

Para os organizadores, a homenagem justifica-se porque Vasco Gonçalves foi um homem que leu todos os clássicos marxistas e movia-se muito bem no materialismo histórico.

Entre as iniciativas, destaque para uma sessão comemorativa a realizar na Voz do Operário, a edição de uma fotobiografia e de um livro com textos de Fidel Castro e de Hugo Chavez de apoio ao coronel comunista promovido a general após a revolução do 25 de Abril, falecido em 2005.

Vasco Gonçalves foi um militar comunista que ocupou o cargo de primeiro-ministro nos segundo, terceiro, quarto e quinto Governos Provisórios, entre 12-7-1974 e 19-8-1975, durante os quais decretou a nacionalização da banca e das principais empresas do país e a ocupação de terras no Alentejo e Ribatejo. Durante os doze meses em que Vasco Gonçalves foi primeiro ministro, houve centenas de portugueses detidos sem culpa formada e milhares de professores saneados das universidades e liceus. O PIB contraiu 5,1% no ano de 1975. Nenhuma destas patifarias contra o povo português comove os organizadores e os membros da Comissão de Honra (ver lista de membros abaixo).

O general comunista foi retirado do poder na sequência do golpe do 11 de Março de 1975. Deixou o país num mar de ruínas e o Estado na bancarrota, a primeira depois do 25 de Abril.

Para que conste, acrescento a lista de personalidades que integram a Comissão de Honra das homenagens:

Álvaro Siza Vieira, António Borges Coelho, Armando Alves, Carlos Carvalhas, Cláudio Torres, Eduardo Gageiro, Heloísa Apolónia, Jerónimo de Sousa, José Goulão, Luís Osório, Maria do Céu Guerra, Manuela Cruzeiro, Pedro Tadeu, Pilar del Río e Rita Lello.

Entre os militares, destacam-se: Almada Contreiras, Almeida Moura, Andrade da Silva, António Pessoa, Aranda da Silva, Costa Neves, Dinis de Almeida, Duran Clemente, Emílio da Silva, Henrique Mendonça, Mário Tomé, Martins Guerreiro, Pezarat Correia, Pinto Soares, Rodrigues Soares, Tasso de Figueiredo e Vasco Lourenço.

Se Vasco Gonçalves e os comunistas que o apoiaram tivessem triunfado, Portugal seria hoje uma miserável Cuba, um mar de pobres à mercê da vontade das elites revolucionárias.

Faz parte da natureza do projecto comunista, como de qualquer outro projecto totalitário, um namoro intenso e prolongado à pobreza, miséria, repressão e violência contra os cidadãos dissidentes. Não há um único projecto comunista que não ande associado à violência revolucionária, ao ódio de classe e à supressão das liberdades de expressão, de associação e de religião.

Os portugueses que integram a Comissão de Honra sabem isso muito bem. Todos têm conhecimento dos 100 milhões de mortos provocados pelos partidos comunistas no poder e ainda assim continuam crédulos e apoiantes entusiastas da ideologia mais cruel que a humanidade conheceu.


Ramiro Marques
* O autor usa a ortografia anterior.

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Latest comments

  • TENHAM VERGONHA! O MILITAR QUE QPOIOU O PC PARA MONTAR UM REGIME COMUNISTA EM PORTUGAL EM 1974-1975 A SER HOMENAGEADO? DEVIAM ERA PEDIR DESCULPA DO QUE FIZERAM E ÀS FAMÍLIAS DOS MILITARES COMANDO QUE MORRERAM NO 25 DE NOVEMBRO, ÀS ORDENS DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, PARA QUE FOSSE MONTADA UMA DEMOCRACIA ATÉ AGORA VIGENTE NA ENTÃO DITA EUROPA OCIDENTAL.

  • O 25 de Abril foi feito por um grupo de impreparados vestidos de camuflado comandados por um camuflado comunista sem preparação e que nos deixou num estado donde dificilmente sairemos.

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