
Num artigo anterior do Inconveniente, já tínhamos noticiado que um vídeo de dez segundos foi transacionado por 5,5 milhões de euros, que pretendia ser uma sátira sobre o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
A transação de obras digitais sob a forma de NFT (tokens não fungíveis) é uma moda que está a difundir-se nos meios digitais. Estas transações fazem-se também pagando em bits, isto é, com moeda digital virtual. Mas esta pode, porém, ser convertida em moeda real e vale cada vez mais.
Isto é possível graças à técnica de blockchain que autentica os originais e torna “únicos” esses objetos transacionáveis, como se de verdadeiras obras de arte se tratassem.
Notícias de transações de vários milhares de dólares são cada vez mais frequentes, principalmente tratando-se de temas polémicos ou escândalos envolvendo figuras públicas, pornografia, etc.
Veja-se por exemplo a “obra digital” Leave Britney Alone, que, depois de se ter tornado viral no youtube em 2007, foi agora vendida a 12-4-2021 por mais de 41 mil dólares (34,2 mil euros), depois de ter sido registada como NFT pelo seu autor, Chris Crocker.
Veja-se ainda mais um exemplo, um filme pornográfico que foi vendido inicialmente por 17 mil dólares e que, menos de 12 horas depois, foi recolocado à venda por 260 mil dólares.
José Leite