
Segundo a Reuters de 24-10-2021, o príncipe Abdulaziz bin Salman al-Saúd, ministro da Energia da Arábia Saudita, disse que o país quer ser o maior fornecedor mundial de hidrogénio.
O maior exportador de petróleo do mundo pretende agora produzir e exportar 4 milhões de toneladas de hidrogénio até 2030, referiu ainda o ministro.
O presidente-executivo da Aramco (a empresa saudita de petróleos), Amin Nasser, dissera, no início deste ano, que a empresa estava à procura de contratos de compra de hidrogénio nos seus principais mercados para aumentar a sua produção, prevendo-se um grande potencial de expansão. Há uma forte tendência de redução na procura de combustíveis fósseis e na mudança para fontes de energia renováveis.
O ministro também disse que o país pretende passar a fabricar carros elétricos.
Não há qualquer referência à cor da energia a usar para obtenção do hidrogénio, se verde ou cinzenta…
Maria José Melo / Novembro 9, 2021
Pois, essa é a questão principal. Como vai ser produzido o hidrogénio? A partir de que material? Se é para continuarem a poluir com combustíveis fósseis para produzirem hidrogénio, vale mais estarem quietos. Aliás, é como a substituição do carvão pelo gás natural… tem o nome natural, mas é poluente também. E é mais caro.
Felizmente que já se ouve alguém a defender o uso da energia nuclear. É impossível ficarmos dependentes da energia produzida a partir do vento e do sol, visto que estas fontes não são constantes. Nem sempre há sol ou vento. É necessário um “backup”. E também é necessário pensar nos custos. A electricidade é um bem essencial, mas que não é tratado como tal. Muita gente não pode pagar a electricidade necessária para ter uma vida confortável e digna.
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Henrique Sousa (Autor) / Novembro 9, 2021
A quantidade de renováveis instaladas, com prioridade de entrada na rede, torna a operação de centrais convencionais inviável. Por isso é que tiveram que encerrar as de carvão e vamos ver o que acontece ao gás. O hidrogénio só vem encarecer mais a energia. Na atual situação, só uma redução das “eólicas” pode trazer esperança. E não seria necessário desmantelá-las, bastava que não se instalassem mais e esperar que fossem atingindo o fim de vida útil, cerca de 20 anos.
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