Suécia sem confinamento e com menos mortes

Dados veiculados pela Reuters sobre infeções e óbitos na Suécia (29-3-2021), apontam para 13.402 mortes e um total de 780 mil casos, bastante menos do que Portugal, que conta 16.843 óbitos e um número de infeções que ultrapassa os 800 mil.

Dados do Eurostat, compilados pela Reuters, indicam que a Suécia teve 7,7% mais óbitos em 2020 do que nos quatro anos anteriores. Países como Portugal, Espanha e a Bélgica tiveram um excesso de mortalidade, de 10,6%, 18,1% e 16,2%, respetivamente.

A Suécia tem cerca de dez milhões de habitantes, praticamente o mesmo que Portugal. Ao contrário de Portugal e da maioria dos países europeus, a Suécia optou por manter a economia aberta. As autoridades de saúde emitiram recomendações, deixando aos cidadãos a liberdade e a responsabilidade de as respeitar, mas não houve graves restrições aos direitos e liberdades individuais.

No dia 26-3-2021, havia 1 milhão de suecos com a primeira dose da vacina tomada e 450 mil com as duas doses. São taxas de vacinação muito semelhantes às de Portugal.

Há várias explicações para o sucedido. O distanciamento social é uma prática enraizada entre os suecos, não precisa de ser imposta pela força. A excelência do sistema de saúde sueco é uma variável que pesa no número de mortos. Os idosos suecos com mais de 80 anos de idade são mais saudáveis do que os portugueses dessa faixa etária.

É cedo para tirar conclusões, mas há evidências de que os países que optaram por fechar as economias e restringir as liberdades e direitos terão um número de mortos por milhão de habitantes muito semelhante aos países que mantiveram as economias abertas.

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