A grande responsabilidade de Portugal com o clima

Numa altura em que as organizações de pânico climático em Portugal cometem atos quase criminosos como atirar tinta a governantes e a pinturas célebres, destruir montras, fazer parar o trânsito e colar-se a superfícies e pavimentos para chamar a atenção para o problema do clima global, tentemos aqui quantificar a responsabilidade de Portugal no falso problema climático do CO2.

Estima-se que, a nível global, as emissões anuais de CO2 sejam de 780 Gt (gigatoneladas). Destas emissões, 750 Gt não são de origem humana (fazem parte do ciclo natural do carbono), apenas 30 Gt ficam a dever-se às atividades humanas, entre as quais a queima de combustíveis fósseis. Destas 30 Gt, 12 Gt conseguem ser recicladas naturalmente (40%), havendo então um excesso de 18 Gt na atmosfera – segundo a CO2 Human Emissions.

Ora, as emissões de CO2 portuguesas cifram-se, segundo o Our World in Data, em 40 Mt (megatoneladas) anuais, isto é, 0,13% das emissões antrópicas de CO2 a nível mundial. Se compararmos as emissões portuguesas com as emissões globais (780 Gt), vemos que Portugal contribui com apenas 0,00513%.

Face a estes factos, pergunta-se se esta contribuição mínima de Portugal para um alegado efeito estufa do CO2 justifica tanto espalhafato como o que fazem os nossos governantes com a transição energética, gastando milhares de milhões em projetos como as renováveis, o hidrogénio, o amoníaco, as ciclovias, os carros elétricos, os postos de carregamento, etc., e sobrecarregando o contribuinte com energia cara, taxas de carbono, ISP, IUC, etc.. É esta narrativa oficial do clima que origina e dá até razão ao terrorismo climático!

Pois, mesmo que Portugal reduzisse as emissões a zero (impossível!) como pedem as organizações terroristas do clima, só ia retirar 0,00513% do CO2 atmosférico…!!! Haja bom senso!

Por outro lado, segundo a NASA, o aumento de concentração de CO2 na atmosfera está a tornar o planeta mais verde, já que este gás funciona como um fertilizante para as plantas. Logo, a verdadeira revolução verde deve-se ao excesso de CO2 – que vem dos combustíveis fósseis!

Henrique Sousa

Editor para Energia e Ambiente do Inconveniente

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Sub-diretor do Inconveniente

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